Que tudo seja nem mais longo, nem mais breve,
Que esta guerra dure apenas o necessário
Que possamos ir até a praça meditar de novo,
Que possamos usufruir da vida que nos resta...

Que o tempo certo de renascer viver e morrer
se refaça após este hiato no discurso da terra,
a capacidade de sonhar de fato, do ser humano
e que em nosso próximo aniversário haja festa!

Que os nossos versos não sejam mancos e vazios
Se for preciso pegar no tranco, que empurremos.
Se tudo estiver por um fio estejamos mais unidos
Se morrermos no barranco, fortes renasceremos!

Portanto é preciso, pano rápido, virar a mesa!
Cobram de nós atitudes de gratidão e amor.
Agradecer sem ter motivo também é loucura,
A dor não pode ser exterminada com paliativo.

Tenhamos sim, apesar de tudo uma certa leveza,
Sejamos criativos, resistentes de carcaça dura,
Flutuemos bem acima dessa gravidade imposta:
Versejando, proativos, sem perder a ternura!  
                                                                                                                             Expedito G. Dias.